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Realizaram-se no dia 8 de Novembro corrente as eleições norte-americanas que tiveram como principais correntes a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump. Estas eleições marcaram o fim de uma longa e árdua campanha onde ambos concorrentes tiveram que enfrentar durante as primárias os seus adversários a fim de que se tornassem candidatos finalistas dos seus respectivos partidos. Durante as eleições primárias, Hillary Clinton enfrentou e derrotou o experiente senador Bernie Sanders da ala democrata. Por sua vez, Donald Trump registou uma larga vantagem em relação aos concorrentes Ted Cruz, Marco Rubio e o menos importante John Kasich.
Estas foram marcadas por um grande confronto e trocas de acusações entre os dois candidatos finalistas. Por um lado, Donald Trump, vindo da ala republicana, empresário e magnata americano, sem no entanto experiência de governação mostrou-se controverso e irreverente ao afirmar, numa das suas frases, que construiria um muro separando os Estados Unidos da América do México, expulsaria todos os imigrantes ilegalmente vivendo naquele país, inibiria os muçulmanos de entrarem nos Estados Unidos, tendo inclusive afirmado que o continente africano deveria ser recolonizado, pois os seus dirigentes não sabem governar.
Trump revelou-se machista ao depreciar o papel das mulheres na sociedade. Xenófobo ao afirmar que México envia(va) imigrantes traficantes e violadores ao seu país, o que fez com que perdesse apoio da comunidade hispânica. Os media internacionais deram eco as falácias do republicano. Tendo em conta a performance do Donald, desenvolveu-se estudos procurando-se averiguar o seu grau de popularidade. Algumas sondagens demonstraram que Trump poderia não se sagrar vencedor das eleições devido a sua ideologia. Por outro, Hillary Clinton mostrou-se mais branda e com a intenção de levar avante o trabalhado já iniciado pelo presidente Barack Obama. Clinton emergia deste modo, segundo a Opinião Publicada pelos media, como a potencial candidata vencedora dos escrutínios.
Entretanto, a Opinião Pública vigente nos Estados Unidos em relação a performance de Trump mostrou-se divergente da que era dada a conhecer pelos media. Na quarta-feira (11), realizaram-se no país mais poderoso do mundo as presidenciais com vista a eleição do novo estadista. Hillary, que num primeiro instante assumiu vantagem relação ao Trump, foi durante a contagem de votos perdendo paulatinamente a liderança para o concorrente.
Mas, por que os americanos preferiram Donald Trump a Hillary Clinton? (Abaixo seguem as minhas 5 constatações)
A jornalista e activista de social media, Zenaida Machado, manifestou o seu descontentamento com vitória do republicano |
1. A forte tradição de sucessão de poder que se tem verificado nos últimos anos nos Estados Unidos da América. Notou-se de alguma forma que os americanos são apologista da rotação do poder e da necessidade de experimentarem novas formas de governação.
2. A necessidade de os EUA tencionar ter um presidente capaz de fazer frente aos novos desafios que hoje se impõem a este país, por exemplo, a constante ameaça de grupos terroristas como o Estado Islâmico e o crescente crescimento económico de países como China em concorrência a norte americana.
3. Em tempos de crise há uma tendência de se ser resistente às mudanças, os EUA nunca antes viveram a experiência de ter uma mulher guiando os seus destinos, daí ter-se suscitado algum cepticismo em relação a um candidato presidencial de sexo feminino.
4. A pretensão de os EUA se firmarem como a maior potência do mundo. O lema da campanha de Trump – Meke America Great Again – demonstra que a sua vitória foi decidida por aqueles que querem Fazer de América Novamente Uma Grande Nação. Os republicanos sempre foram associados às guerras, pujança, força e poder.
5. Embora não contasse com o apoio dos afro-americanos e dos hispânicos, Trump direccionou a sua campanha aos tradicionais apoiantes da ala republicana. Sua vitória elucida que possivelmente não terá havido algum desvio da tendência de voto em relação aos apoiantes dos ideais republicano.
O activista ambiental Carlos Serra mostrou-se curioso, numa das suas publicações no facebook após o anúncio dos resultados finais, em relação à governação de Donald Trump |
As sondagens fracassaram e as teorias de que Trump sairia derrotado caíram por terra. Muitos ficaram agarrados às falácias do republicano alegando que por isso ele fosse perder apoio. A opinião publicada pelos media revelou-se ser divergente da opinião pública dos cidadãos norte americano em relação às suas preferências e aspirações.
Donald John Trump é o 45º presidente dos Estados Unidos da América. O mundo aguarda agora com expectativa as possíveis mudanças que o republicano poderá operar.
Tomás Queface, bloguista e activista social, através do Twitter. |
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