Todas as pessoas sofrem algum tipo de discriminação durante suas vidas. E no entanto, o princípio de não discriminação é um direito humano. Além disso, países e indivíduos têm obrigação legal de não discriminar. Este ano, no dia 1º de março, Dia Mundial de Zero Discriminação, a ONUSIDA convida todas as pessoas a fazer barulho pela #ZeroDiscriminação, para dar voz e ajudar a prevenir que a discriminação se coloque como um obstáculo em nosso caminho para o alcance de nossas ambições, objectivos e sonhos.
A discriminação tem muitas formas, desde a discriminação racial ou religiosa até aquela relacionada à orientação sexual ou identidade de género, passando pelo bullying na escola ou no trabalho e tantas outras. Em apenas três de cada 10 países no mundo, há igual número de meninas e meninos frequentando o ensino médio. Pessoas com deficiência têm quase três vezes mais probabilidade de terem serviços de saúde negados a elas do que outras pessoas.
“Todas as pessoas têm o direito de serem tratadas com respeito, de viverem sem discriminação, coação e abuso”, disse Michel Sidibé, Director Executivo do UNAIDS. “A discriminação não prejudica só indivíduos, prejudica todos nós, ao passo que acolher e abraçar a diversidade em todas as suas formas beneficia a todos nós.”
A Zero Discriminação é parte integrante da visão da ONUSIDA e, para o Dia Mundial de Zero Discriminação deste ano, a ONUSIDA demanda que haja zero discriminação nos serviços de saúde. O direito à saúde é um Direito Humano fundamental que inclui acesso a cuidados de saúde de baixo custo, oportunos e de qualidade para todas as pessoas. Ainda assim, a discriminação segue como uma prática generalizada nos serviços de saúde, criando barreiras ao acesso a serviços de HIV.
“Os ambientes de cuidados de saúde devem ser ambientes seguros e de apoio. É inaceitável que a discriminação ainda esteja inibindo o acesso aos cuidados nos dias de hoje’’ disse Sidibé. “Eliminar a discriminação nos serviços de saúde é fundamental, e temos de exigir que se torne uma realidade.”
Dados de 50 países acompanhados no Índice de Estigma de Pessoas Vivendo com HIV mostram que uma em cada oito pessoas vivendo com HIV relatam ter tido negados serviços de saúde. Na região Sul da Africa, o estigma e a discriminação por parte dos profissionais de saúde continua a constituir um obstáculo à prestação de serviços adequados a vários grupos de pessoas, em particular, as trabalhadoras de sexo, as pessoas da comunidade LGBT, aos migrantes, e aos usuários de drogas injectáveis.
Este ano, a ONUSIDA convida todos a “Fazer Barulho” pela #ZeroDiscriminação. O Dia Mundial de Zero Discriminação é uma oportunidade para mostrarmos ao mundo como todos podem ser parte da transformação e defender uma sociedade justa e inclusiva.
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