quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Indicação de José Pacheco para Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação gera contestação nas redes sociais

Foto: MINEC 
Através de um comunicado, o Presidente Filipe Jacinto Nyusi, sem apresentar nenhum motivo, exonerou no passado dia 12 de Dezembro, quatro membros do seu Governo, facto inédito no país. As surpresas recaíram sobre nomes como Letícia Klemens, que dirigia o Ministério dos Recursos Minerais e fora escolha pessoal do Chefe de Estado, e de Max Tonela que dirigia o Ministério da Industria e Comércio.

A queda de Oldemiro Balói que, desde 2008, vinha encabeçando o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MINEC) não foi de grande surpresa dado o tempo que já dirigia a pasta diplomática, porquanto acreditou-se que Balói poderia ter solicitado o seu afastamento por questões de reforma. Contudo, a grande surpresa para os moçambicanos  foi mesmo o nome indicado para a sua sucessão: José Pacheco, que acabava de ser afastado do Ministério da Agricultura.

Dentre os nomes exonerados pelo PR, o do ministro Pacheco era já aguardado pelo fraco e não notável trabalho realizado no Ministério da Agricultura. O que quase ninguém esperou é que, volta e meia, ele fosse indicado para assumir a pasta diplomática. Aliás, vaticinou-se muitos prováveis nomes para a direcção do MINEC, bem assim acreditou-se que o Pacheco pudesse ser isolado do governo. 

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Estado da Nação 2017: Um Olhar da Sociedade Civil

Um dos momentos mais altos da governação democrática em Moçambique é a apresentação, pelo Chefe do Estado, da “Informação Anual à Assembleia da República sobre a Situação Geral da Nação”.
Apresentada em Dezembro de cada ano, esta informação retrata, na perspectiva do Chefe do Estado, a situação geral (da governação) do país no ano prestes a terminar.
No passado, a apresentação desta informação era um momento verdadeiramente democrático, as bancadas parlamentares tinham tempo para colocar perguntas ao Chefe do Estado e ver as suas questões respondidas, numa sessão parlamentar difundida em directo pelas estações de rádio e televisão públicas e privadas, permitindo ao público acompanhar e se educar sobre o processo democrático e, com isso, ganhar confiança para o exercício da cidadania que é o viés para o desenvolvimento democrático. Baixe AQUI o documento completo.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Internautas Criticam Filipe Nyusi pela Compra de Jato Executivo e a Noticia Repercute o Mundo

A imprensa nacional anunciou no passado mês de Novembro que o executivo tinha adquirido um jato para o Presidente da República, Filipe Nyusi, facto que foi imediatamente desmentida pela Agência de Informação de Moçambique (AIM) citada pelo Club of Mozambique, alegando que a aeronave em questão, um Bombardier Challenger de 15 lugares, avaliada em cerca de 9 milhões de dólares, foi comprada pelo Fundo de Desenvolvimento de Transportes do governo (FTC), não para o presidente Nyusi, mas para a MEX, que é uma subsidiária da Moçambique Airlines (LAM).

Fazendo eco a informação divulgada pela AIM, a Agência Angola Press (ANGOP), escreveu numa matéria publicada no dia 15 de Novembro que: Carlos Mesquita (Ministro de Transporte e Comunicação) adiantou não estar fora de questão um possível uso da aeronave pelo Presidente da República, pois foi adquirida para fins comerciais, pelo que a “Presidência da República pode ser um cliente atractivo para esse segmento de negócio da MEX”.

Entretanto, um artigo publicado pelo Daily Mail Online, referente ao dia 09 de Dezembro do ano corrente, afirma que o governo moçambicano comprou um jato privado avaliado em 7 milhões de libras (560 milhões de Meticais) enquanto os moçambicanos morrem a fome e o país recebe 55 milhões de libras (4.400 milhões de Meticais) por ano de ajuda externa do Reino Unido. Segundo avança o DailyMail, o jato executivo foi comprado com um empréstimo junto ao banco estatal Banco Nacional de Investimento.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Moçambicanos elegem “tseke” PALAVRA DO ANO® 2017

Imagem: Plural Editores

Desde o início da votação, nos primeiros dias de novembro, percebeu-se que seria uma disputa até ao último segundo. No final, a escolha dos moçambicanos para PALAVRA DO ANO® 2017 foi para “tseke”, deixando “trégua” no segundo lugar a curta distância.


A palavra “tseke” ganhou notoriedade quando o governo recomendou aos moçambicanos a aposta na sua produção como uma forma de reduzir a pobreza e a fome no país. Tseke está registada no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, disponível gratuitamente em www.infopedia.pt. A lista de palavras candidatas a PALAVRA DO ANO® é produto do trabalho permanente de observação e acompanhamento da realidade da língua portuguesa levado a cabo pela Plural Editores Moçambique, através da análise de frequência e distribuição de uso das palavras e do relevo que elas alcançam, tanto nos meios de comunicação como nas redes sociais, tendo em consideração também as sugestões dos moçambicanos através do site www.palavradoano.co.mz.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

MISA Moçambique Preocupado Com Ameaças a Jornalistas em NAMPULA


O núcleo do MISA-Moçambique em Nampula tomou conhecimento, com justificada preocupação, da confiscação do equipamento de trabalho do jornalista da Rádio Comunitaria de Nacala, Inácio Mutipo, e da ameaça de morte feita ao jornalista e director editorial do jornal Ikweli, Aunício Silva.

Inácio Mutipo viu seu equipamento de trabalho constituído por gravador e dois  telefones  celulares  confiscados pela polícia, quando efectuava a cobertura jornalística do baleamento mortal de um  agente  da Polícia pelo seu colega, ocorrido na tarde da  sexta-feira passada em Nacala-A-Velha, na  província de Nampula. 

Um dia depois, sábado à noite, na cidade de Nampula, o jornalista e director editorial do jornal Ikweli, editado em Nampula, Aunício Silva, foi alvo de ameaça de morte, por um indivíduo cuja identificação não foi possível apurar. De acordo com o jornalista, pouco depois de abandonar as instalações do jornal, teria sido abordado por um indivíduo que lhe apontou com uma pistola, afirmando que o jornal Ikweli estava a prejudicar a imagem do presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, assim como do candidato deste partido para as eleições intercalares municipais de 24 de Janeiro.