domingo, 26 de março de 2017

Maputo, Cidade do Contraste

Maputo, tens uma memória rica de vivências, de uma miscelânea de choro e alegria, 
Guardas na tua mente lembranças de um passado tenebroso e de pertinaz tristeza,
Como uma semente, desabrochaste do chão, ressurgiste das tuas próprias cinzas e te ergueste,
Te encheste de valentia, te insurgiste contra toda moléstia colonial e lutaste em prol da liberdade,

Hoje estás livre do jugo colonial, não mais testemunharás o derramamento de sangue,
De Vidas inocentes que viste sucumbir, das vozes agonizadas que escutaste em pleno desespero,
Te recuperas do trauma colonial e a todo custo procuras crescer como um jovem ambicioso,
Passam anos, óh Maputo, por que não cresces ao ritmo desejado pelo povo que por ti pereceu?

Cresça Maputo, desenvolva, óh cidade das acácias! 
Por que vives como se ainda estivesses sob o jugo colonial? Por que tanta miséria, dor e angústia?
Tens idade para não mais ser dependente de outrem, tens riqueza para alimentar o teu povo, 
Então cresça, Maputo, largue a corrupção, o crime organizado, a prostituição e tudo quanto te aprisiona.

Por que tamanha desigualdade social? Não nasceram todos do teu ventre e do teu peito foram alimentados? 
A corrupção cresce em ti como frutas agradáveis aos olhos de políticos gananciosos,
Zela pelo teu povo, óh Maputo!
O lixo jaz em ti como diamante reluzente, 
Por que vives em meio a tanto lixo? Não será este tempo de te livrares dos destroços?
Limpa-te, óh Maputo!

Maputo, quero-te ver próspero e livre,
Liberta-te do mal que te enferma, 
Do neocolocolismo camuflado,
Do nepotismo do teus filhos,
Do desemprego,
Da corrupção,
Da pobreza,

Liberta-te, óh Maputo!

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